Quais são as peças da engrenagem que detém o controle sobre os corpos e sobre a vida em nossa sociedade? O corpo, tal qual uma máquina, é cada vez mais exigido, porém, se antes o controle se exerce de forma externa em uma sociedade disciplinar, agora, ele cede cada vez mais a pressões internas. A pressão por desempenho, por produção, parecem ser os novos elos da corrente que nos une a todos e nos transforma em agressores e vítimas. Que mecanismo é esse que decide o caminho da maioria e age como uma cela escura, borrando a visão e fazendo desaparecer a alteridade e a estranheza? “In(in)terrupto” é a segunda parte da trilogia sobre o tempo, composta pelas obras “Non Stop” (2015) e “Contrafluxo” (2019). A peça propõe uma discussão sobre poder, controle e a noção de corpo enquanto mercadoria. A obra foi considerada um dos melhores espetáculos de 2018 pelo Jornal O Globo, premiada como melhor espetáculo no Prêmio Cesgranrio de Dança e indicada na categoria especial pelo desenho de luz de Renato Machado.
Sobre a companhia
A Cia. Híbrida, criada em 2007, é dirigida por Renato Cruz. Recebeu
diversos prêmios, como Funarte de Dança Klauss Vianna, Fundo de Apoio à Dança, Fomento à Cultura Carioca, O Boticário na Dança, entre outras. Entre os anos de 2017 e 2018, foi companhia residente no Le CentQuatre, um centro cultural situado em Paris. Em 2018 a Híbrida estreou “In(in)terrupto” por meio do Prêmio Iberescena, e recebeu o prêmio Cesgranrio de Melhor Espetáculo, em 2019. Ainda em 2019, realizou importante residência de criação em Parc de La Villette (Paris) para criação de seu novo espetáculo, Contenção, considerado um dos melhores do ano pelo Jornal O Globo. Por seis anos consecutivos, a Cia. Híbrida teve suas obras figurando entre os Melhores da Dança do Jornal O Globo (2014 – “Olho Nu”, 2015 - “Non Stop”, 2016 – “Espaço Tempo Movimento”, 2017 - “Toque”, 2018 - “In(in)terrupto”, 2019 - “Contenção”).
Sobre o coreógrafo
Renato Cruz é mestre e doutorando em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UNIRIO, graduado em Licenciatura Plena em Dança com Especialização em Artes Cênicas. Diretor e coreógrafo da Companhia Híbrida, desde 2007. Seus espetáculos constaram na lista de melhores espetáculos do Jornal O Globo de 2014 a 2019 tendo dançado suas peças por todo o Brasil e em mais 8 países em 16 viagens internacionais. Artista residente do Centro Coreográfico do Rio de Janeiro desde 2008 dos centros coreográficos Le Centquatre, Parc de La Villette e do Théâtre de L’Opprimé todos em Paris, França. Em 2024, fez estreia internacional de seu mais novo espetáculo, “Dança Frágil”, no Théâtre de La Ville, Paris, pelo Festival Danse Élargie.